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Das compras ao carnaval

Da Paulista à Roosevelt - Das Compras ao Carnaval

A vida entre a Avenida Paulista e a Rua Costa

Foto carnha bonitinho

Legenda

Bares

Hoteis

Cinemas e teatros

Casas noturnas

Bombonières e mercados

Outros estabelecimentos*

Restaurantes, Lanchonetes,

Padarias e Cafés

Estacionamentos

Galerias, Lojas Colaborativas

Shoppings e Food Parks

Cabeleireiros e

Estúdios de Tatuagem

Casas de show, Karaokês e

American Bars

Espaços em obras, alugando ou abandonados, portarias de edifícios e muros**

*Exemplos: bancos, academias, pet shops, farmácias, universidades, órgãos públicos, lojas de roupas e outros

**Por questões de visualização, nem todas as portarias e muros foram considerados, apenas os que ocupavam espaço considerável na calçada.

Estabelecimentos na Rua Augusta entre a Avenida Paulista e a Rua Costa

Os dois edifícios do banco Safra que abrem a região central da Rua Augusta, na esquina com a Avenida Paulista, podem até assustar e gerar estranhamento a quem chega de primeira viagem no chamado Baixo Augusta. A saída da estação Consolação faz dessa esquina uma das mais movimentadas da região, cuja travessia de pedestres é incessante, das 8 da manhã às 11 da noite, durante toda a semana. Para quem sai da Paulista, os primeiros metros da Augusta revelam um espaço com uma diversidade de estabelecimentos, desde o shopping, os restaurantes, bancos, bares de esquina, a faculdade, até o cinema e as galerias colaborativas.

A região da Paulista até a Rua Costa é uma das mais movimentadas da Augusta, por causa do comércio diverso - em tipo e horário de funcionamento -, a proximidade com o que ainda é um dos mais importantes centros empresariais da cidade - a Avenida Paulista - e até devido a menor declividade da rua - o fato da descida dos Jardins ser mais íngreme acaba dificultando a locomoção a pé. E, além de movimentada, possui pessoas dos mais diversos tipos sociais.

Durante os dias úteis, pessoas que vão e voltam de seus trabalhos se misturam com moradores andando com cachorros, além dos que vão assistir a um filme ou comprar roupas de estampas floridas ou acessórios “estilosos”. Já à noite, os bares e restaurantes lotam, desde o boteco até o chique, e, de quinta-feira até domingo, surgem os vendedores ambulantes com seus isopores cheios de bebidas para abastecer os que descem do metrô Consolação até as baladas da parte mais central da via, após a Rua Costa.

A pluralidade também se manifesta no final de semana: aos domingos, a Paulista sem carros atrai famílias que buscam tomar um sorvete e skatistas que descem até a Praça Roosevelt. E em épocas específicas do ano, como o carnaval, o ano novo ou a parada LGBT, esses quarteirões da Augusta viram de ponta cabeça, seja por ser a concentração dos blocos carnavalescos que descem até o centro, seja pelas pessoas que descem da Paulista durante as festividades para continuarem a diversão até o dia seguinte.

Rolando a página você verá fotos, vídeos e mais informações sobre esse pedaço de Augusta, que se caracteriza pela pluralidade de estabelecimentos comerciais e públicos nos mais diversos dias e horários.





 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O movimento na Augusta começa cedo, e logo que amanhece diversos estabelecimentos já estão abertos, principalmente os bares e lanchonetes da região, que servem o café da manhã e fecham só de madrugada. Durante a semana, as manhãs entre a Paulista e a Rua Costa se resumem em pessoas que moram na região indo trabalhar, tomar um café ou passear com seu cachorro, além dos comerciantes abrindo suas portas e os que trabalham ou estudam na região, indo pra lá e pra cá em direção aos prédios comerciais ou às faculdades. Com um trânsito carregado sentido Jardins, os ônibus passam e esvaziam no último ponto do Baixo Augusta, na frente do Shopping Center 3. Dezenas de táxis se misturam aos carros particulares, e a rua é ao mesmo tempo ponto de partida, trajeto e chegada - típico da região central da cidade.

Enquanto o tempo passa, o número de estabelecimento abertos cresce. O Espaço Itaú de Cinema, entre a Luís Coelho e a Antônio Carlos, abre no início da tarde, tendo em cartaz filmes cult nacionais e estrangeiros. No mesmo horário, abrem os cabeleireiros e as galerias colaborativas - com produtos que vão desde roupas com estampas alternativas, acessórios, até produtos de higiene veganos e odorizadores de ambiente naturais. Tanto o cinema quanto as galerias buscam um público jovem, de classe média e alta, alternativo e interessado em produtos exclusivos, estilosos, naturais e/ou que não agridem o meio-ambiente.

Ao mesmo tempo, os restaurantes lotam com os que trabalham na região, que buscam diversidade na hora do almoço. Não é à toa que em quatro quarteirões você encontre culinária árabe, mexicana, japonesa, indiana, fast food, além dos clássicos pastéis e hot-dogs - sem considerar a variedade maior ainda do shopping e do food park que fica logo abaixo da Rua Matias Aires. A agência dos Correios e da Receita Federal enchem, e as mais diversas lojas - desde gráficas rápidas até concessionárias - vivem uma rotina comum de trabalho, como em qualquer outro lugar. Junto a isso, surgem os vendedores de rua, vendendo CDs e DVDs piratas, livros e artesanatos, chamando a atenção de quem passa pelas calçadas.

Ao anoitecer, a rua sofre uma mudança considerável: alguns estabelecimentos fecham as portas, e os que ficam abertos fazem a vida noturna dessa região: happy hours, encontros românticos ou com amigos, compras, filmes e culinária mundial se juntam, e executivos, casais e universitários, vindos dos mais diversos lugares, reúnem-se nos mesmos ambientes para conversarem, comemorarem ou apenas esperar o trânsito diminuir ou o metrô esvaziar, enchendo estabelecimentos até o início da madrugada.

Durante o final de semana, essa rotina sofre diversas alterações: de quinta a sábado, as baladas mais próximas da Praça Roosevelt iniciam suas atividades, e acrescenta-se o fluxo de jovens nas bombonières - que vendem de leite em pó a uísque - e bares para fazer o “esquenta”, principalmente os que não têm dinheiro para pagar um valor mais alto dentro de uma casa noturna - ou acham os valores exorbitantes e preferem economizar - , e já chegam embriagados para a festa.

 

Os ambulantes aproveitam o fluxo da estação Consolação até as baladas para faturarem, do milho que fica na porta do metrô aos vendedores de tequila que ficam na frente das lojas fechadas entre a Rua Antônio Carlos e Matias Aires. Esses vendedores de rua aproveitam o fluxo de pessoas descendo a rua e a baixa concorrência de ambulantes - que ficam concentrados na região das baladas - para venderem bebidas e lanches, passando cartão de crédito e até vale-refeição. Carros equipados com caixas de som tocando funks do momento, no último volume, chamam a atenção dos que passam, gerando gritos de bêbados, que se misturam com o barulho de garrafas quebradas. Rockeiros, punks, drag queens, jovens e pessoas mais velhas se misturam na descida, e vão ficando nos estabelecimentos de seus respectivos nichos.

Esse fluxo intenso dura até as às duas da manhã, quando o fluxo cai consideravelmente e só volta às quatro horas, quando as pessoas começam a ir embora, e sobem a Augusta em direção ao metrô. Rostos cansados, algumas pessoas sendo carregadas por amigos, outras trocando beijos intensos, começam a se misturar com moradores que saem de casa para tomar café ou ir trabalhar, ou com lojistas abrindo seus pontos. A rua cheia de garrafas de vidro e bitucas de cigarro é limpa logo cedo por caminhões lava-ruas e garis recolhem o lixo das calçadas, para o início de um novo dia.

Aos domingos, os executivos dão espaço às famílias e amigos, que descem da Paulista aberta para pedestres e passam para tomar sorvete, cerveja ou apenas passear. Os número de skatistas cresce, e saem da Avenida com destino à Praça Roosevelt, descendo a rua sem muito esforço, fazendo ziguezagues e manobras para impressionar outros skatistas. À noite, a rua torna-se quase deserta, com poucos que ainda estão nos bares e lanchonetes, além de moradores que vão ao mercado e pessoas em situação de rua que buscam um lugar para dormir.

Essa é rotina da Augusta entre a Avenida Paulista e a Rua Costa durante as semanas comuns que passam pelo ano. Confira mais sobre a rua entre a Rua Costa e a Praça Roosevelt ou continue rolando para saber mais sobre a rua no Carnaval, no Ano Novo e na Parada LGBT.

Avenida Paulista

Rua Augusta

Rua Luís Coelho

Rua Antônio Carlos

Rua Matias Aires

Rua Augusta

Rua Pèixoto Gomide

Rua Fernando

 de Albuquerque

Rua Frei Caneca

Rua Costa

Avenida  Paulista

circu, velho e buão
Mina da paulista
bike

Clique nas fotos para localizá-las na página

vivi

Amanda tem 31 anos, é modelo de eventos há 12 e há dois e meio vende tequila na Rua Augusta, próximo à Rua Matias Aires. Ela vende de 4 a 12 garrafas por dia, dependendo do fluxo de pessoas, durante sextas e sábados à noite.

Viciada em baladas sertanejas, ela disse que não é frequentadora das baladas da Augusta, e conheceu seu marido - que também vende tequila, no outro lado da rua - no Villa Country, balada na Barra Funda, que frequenta até hoje. 

Após a gravação do vídeo abaixo, ela assumiu que não gostava de tequila, preferindo vinho seco, que tomava no gargalo enquanto atendia seus clientes. Durante a gravação, feita em uma noite de sexta-feira, ela anunciava as vendas e agradecia seus clientes enquanto respondia às perguntas.


(Para evitar problemas com a Prefeitura, Amanda preferiu não mostrar o rosto nem divulgar seu sobrenome, sendo as imagens do vídeo feitas após a gravação da entrevista)

carnaval

Carnaval, Parada LGBT e Ano Novo

 

Durante o Carnaval, a Augusta é palco de diversos blocos de rua, que acontecem pré, pós e durante o feriado. Recentemente, muitos dos blocos conhecidos da via tiveram que sair da região, principalmente por conta da limitação de espaço. Um dos mais famosos, iniciado em 2009 com a retomada dos blocos de carnaval de rua em São Paulo, o Bloco do Acadêmicos do Baixo Augusta está, desde 2016, ocorrendo na Rua da Consolação, pois a Rua Augusta não conseguia mais comportar o que virou o maior bloco de carnaval da cidade.

 

O Bloco do Desmanche, também iniciado na Augusta, surgiu do Espaço Desmanche, balada aberta em 2015 - onde era o antigo Clube Vegas, um dos primeiros do tipo na rua (inaugurado em 2005) - também em 2018 foi para a Avenida 23 de Maio, junto com outros megablocos. Ainda assim, blocos de carnaval famosos ainda desfilam pela via, e outros nem tão conhecidos, mas que chamam a atenção, iniciam seu trajeto na região até o centro da cidade.

O Bloco Bollywood, há três anos iniciando seu trajeto na esquina da Rua Matias Aires e indo até um pouco antes da Praça Roosevelt, começa logo cedo, às 10h do primeiro dia de carnaval, atraindo foliões que moram na região, imigrantes indianos e seus descendentes, além de curiosos que buscam um bloco menor e vespertino para iniciar o feriado de festa. Tocando apenas músicas do país asiático - essencialmente as que fazem parte da maior indústria de cinema do mundo, o bollywoodiano -, o bloco reúne dançarinas de ritmos da Índia, fazendo da folia um espaço de cultura e tradição.

 

Já no ano novo, a Rua Augusta torna-se uma festividade paralela à que ocorra na Avenida Paulista: após a virada do ano, os que buscam continuar a festa iniciam seus trajetos rua abaixo, atrás de festas em casas noturnas que abrem no 1º de janeiro, bares ou na rua mesmo, como no caso da Peixoto Gomide, que fica intransitável para carros. Na Parada LGBT acontece o mesmo: durante seu trajeto, os que comemoravam a diversidade cortam caminho pela rua ou ficam pelos bares durante o resto do domingo de feriado. Junto com a Rua Frei Caneca, a Augusta é atualmente um dos pontos de encontro mais fortes entre grupos LGBT.

Jovem aguarda em frente a banheiro químico no Carnaval. Por Leandro Bernardo
moço prada lgbt
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